segunda-feira, 1 de julho de 2013

Receita da Nórdica Porter


 Rampas:
66-68ºC por 90min
72ºC por 10min
78ºC por 10min

Água inicial: 20L
Água secundária: 20L (78ºC)

sábado, 29 de junho de 2013

Brassagem da 12ª Leva - Nórdica Porter

No dia 29 de junho brassei a minha 12ª leva, a Nórdica Porter, terceira cerveja que faço nesse estilo. Pela primeira vez fiz alguns registros dos principais momentos do processo de produção. Comecei ainda na quinta-feira, com a moagem do malte. Na sexta, busquei água do poço do Tênis Clube Getuliense, e, finalmente, no sábado, fiz a cerveja. Comecei as 9 horas da manhã e terminei próximo das 16h.


A moagem é feita em um moinho de rolos, girado no braço. Levei 1 hora para moer aprox. 7kg de malte.
Foram usados maltes tipo pilsen, importado da Alemanha; special B, biscuit,
 cara 120 e chocolat, importados da Bélgica. Todos eles, assim como o restante 
da matéria prima, comprados na We Consultoria, de Porto Alegre
Malte e água, conhecido como mosto. 20L de água  e 7kg de malte.



Procurei manter a temperatura da mosturação na faixa dos 66-68 graus C, por 90 min, a fim de
obter uma cerveja equilibrada. Não muito seca nem muito encorpada.


Depois de fazer a mosturação, fiz a recirculação do mosto, por 20min,
 a fim de deixá-lo mais limpo, ou seja, com menos farelo do malte.

Recirculação...

Logo após, a filtragem, para separar o líquido dos grãos. O filtro que eu uso é uma malha 
de aço acoplada na parte interna da torneira. Chama-se bazooka. É um método bastante eficiente.
Em seguida, faz-se a lavagem dos grãos. Utilizei 20L de água na temperatura de 80 graus C.

 Fervi o mosto por 1h. Adicionei 20g de lúpulo de amargor (usei o lúpulo norte-americano Galena)
 no início da fervura, e 20 g do lúpulo inglês Fuggles faltando 5min para o final.

Resfriei o mosto utilizando um chiller de cobre. Passa-se água fria por dentro dele, enquanto 
fica imerso no mosto. Abaixei a temperatura para 25 graus C em 35min.

 
Enquanto isso, hidratei o fermento US-05 em uns 150ml de água a 25 graus C. Pode-se dizer que o fermento é o ingrediente principal da cerveja. Sem ele, teríamos um fermentado ruim, praticamente intragável. Existe um estilo de cerveja em que a fermentação é espontânea, sem fermento. Chama-se Lambic. Mas é apenas uma exceção. 

Após resfriado o mosto, passei ele para o balde de fermentação, e adicionei o fermento.
É importante fazer uma aeração nesse momento, para que haja oxigênio para o fermento trabalhar. 
É um assunto controverso... alguns cervejeiros dizem que não há necessidade, por conta de o fermento seco ter nutrientes suficientes, sendo dispensada a aeração. Na dúvida, prefiro fazê-la.

Agora a sorte foi lançada. O fermentador está lacrado, com 20L do precioso líquido. 
Vai ficar 10 dias fermentando, e mais 10 maturando. Após, será engarrafado,
 para ficar mais 20 dias maturando dentro da garrafa.

E, depois de tanto trabalho, nada mais justo do que relaxar degustando uma Nórdica Mild Ale! 



Nota-se que é um processo bastante cansativo e trabalhoso. Precisa ter um grande cuidado com a higiene e com a sanitização, principalmente após a fervura. Qualquer sujeira, saliva, mofo, ou coisa parecida é capaz de estragar a cerveja, deixando-a azeda e intragável. Utilizo iodo para fazer a sanitização. Após devidamente lavado o equipamento, sanitizo com uma solução de 1ml para cada L de água.
Enfim, depois de mais de 8 horas de trabalho (sem contar com a próxima fase, que vai ser o envase), tenho 20L de cerveja fermentado. Agora, resta aguardar, ansioso, até que ela fique pronta, para poder, finalmente, degustar a esperada Nórdica Porter!













sábado, 25 de maio de 2013

Degustando a Nórdica Mild Ale

Após 7 dias de fermentação e 5 dias de maturação, engarrafei os 17L da Mild Ale, com 5g de açúcar por litro. A intenção foi conseguir uma baixa carbonatação, como pede o estilo, e, como eu pessoalmente prefiro.
Por ser uma cerveja com pouco corpo, e também com pouca carbonatação, ela não forma muita espuma. Forma apenas um fino colarinho, da altura de 1 dedo, que não se mantém por muito tempo, restando apenas uma pequena tira sobre o líquido.

Gostei bastante da cerveja. Corpo leve, aroma com toque frutado, remetendo também ao aroma de pão saindo do forno, e, com um toque herbáceo e terroso, proveniente do lúpulo fuggles.
No sabor, um breve caramelo, mas nada doce. Depois, sabor do lúpulo e leve amargor, rebatendo a sensação doce do início da degustação. A partir do terceiro gole, se mostrou um pouco amarga, oque diminuiu sua drinkability. Cabe salientar que foi degustada com apenas 14 dias de maturação pós-envase. Acredito que com mais maturação (pelo menos mais 30 dias) ela vai ficar ainda mais arredondada.

Segue uma foto da Nórdica Mild Ale, juntamente com o Malzbrot (pão de malte), feito com o bagaço do malte usado na sua mosturação.




O pão ficou realmente muito saboroso, e harmonizou perfeitamente com a cerveja!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

11ª leva - Nórdica Mild Ale

No feriado de quarta-feira, dia 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho, aproveitei para tirar a poeira das panelas e brassar pela primeira vez uma cerveja do estilo Mild Ale. Espera-se uma cerveja suave, leve, não muito amarga, de coloração marrom e baixa carbonatação. Vejamos oque o BJCP diz a respeito do estilo:

Impressão Geral: Uma cerveja de sabor suave, com ênfase no malte e que é adequada para se beber em quantidade. Refrescante, ainda que saborosa. Algumas versões podem parecer como uma Brown Porter de menor densidade.

História: Pode ter evoluído como um dos elementos das Porters primitivas. Em termos modernos, a palavra mild (suave) refere-se a uma relativa falta de amargor de lúpulo (ou seja, menos lupulada e não tão forte quanto uma pale ale). Originalmente, a “suavidade” pode ter sido referenciada ao fato de esta cerveja ser jovem e ainda não apresentar o azedume moderado dos lotes envelhecidos. De certa forma é rara na Inglaterra, com boas versões podendo ainda ser encontradas na região central da Inglaterra, nos arredores de Birmingham.

Confesso que não segui a risca a recomendação do BJPC. Adequei a receita ao meu gosto pessoal. Ou seja, troquei o fermento, que, dentro do meu alcance, seria mais adequado (S-04) pelo fermento US-05, que é meu fermento favorito, dentre os quais já usei. A diferença é que o S-04 é mais indicado para Ales inglesas (por exemplo, a mild ale). O sabor e aroma são mais frutados. O ponto positivo é que decanta rapidamente para o fundo do fermentador, e oque resta para o fundo das garrafas, deixando a cerveja menos turva que os outros fermentos.
Já o US-05 é um fermento de linhagem americana. O aroma e o sabor das cervejas fermentadas por ele são mais limpos. Não tão frutados.
Outro ponto que alterei foram os lúpulos. Coloquei uma boa carga de lúpulo de aroma (Fuggles) no final da fervura.

Segue a receita:



Água inicial: 15L
Água secundária: 22L

Rampas:
65ºC - 80min
72ºC - 15min
78ºC - 10min
Fervura de 60min
60min - 13g de lúpulo Galena
10min - meia cholher de chá de Whirfloc
5min - 37g Fuggles.


Os ingredientes foram praticamente os mesmos da Porter, mas em menor quantidade.
A Nórdica Mild Ale ainda está fermentado. Em breve posto novidades.







segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Nórdica Blond Ale

A décima e última Nórdica (até o momento). Essa cerveja, no início, foi motivo de decepção. Uma cerveja adocicada, enjoativa, desiquilibrada. Mas que com o tempo, evoluiu e muito, se tornando uma cerveja muito saborosa.
Depois de quase 5 meses de maturação, a Nórdica Blond Ale se tornou uma cerveja com aroma frutado, embananado, lembrando um pouco uma Weissbier no aroma, mas não tão intenso.
A coloração ficou dourada, brilhante. A espuma é de boa formação e de média duração, sobrando apenas um fino rendado.
O sabor acompanha o aroma, um sabor de banana madura, levemente adocicado, mas também amargo. O retrogosto inicia-se levemente doce, depois torna-se um leve amargo bem agradável. Sabor maltado, mas equilibrado com o lúpulo. Em algum momento, sente-se um adocicado lembrando adoçante artificial. Esse sabor atenuou muito, muito mesmo.
Essa cerveja não envelheceu, e sim evoluiu. Depois de muito tempo parada, sem tomá-la, se tornou uma boa surpresa!
Claro... não se compara a uma La Trappe Blond Ale, mas não é uma cerveja de se jogar fora!
Seguem algumas fotos da minha loira:




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Invicta India Black Ale



As cervejas Invicta India Black Ale e Invicta Imperial India Pale Ale foram lançadas no dia 1 de outubro, onde alguns contemplados do Brasil inteiro, incluindo eu, tiveram a oportunidade de degustá-las, ao acompanhar seu lançamento via Twitcam, comandado por ninguém mais ninguém menos que Edu Passareli.

Vamos falar da Cerveja Invicta India Black Ale

75 IBU - 7,5% teor alcoólico
Ribeirão Preto - São Paulo
www.cervejariainvicta.com.br

Mostrou-se uma cerveja com média formação de espuma de cor bege escuro, de pouca duração, sobrando um pequeno colarinho bastante cremoso. Baixa carbonatação, oque contribuiu de maneira positiva.
Coloração preta opaca, que torna-se um pouco avermelhada olhando contra a luz
De cara, sente-se lúpulo americano no aroma. Citrico herbal bem evidente, mas não exagerado. O aroma de lúpulo se mostrou muito elegante e agradável, e não agressivo. No final, sente-se nuances de café.
No sabor,  lúpulo, café, bom amargor bem persistente, um pouco de toffe e um pouco do frutado da fermentação, mascarado pelo lúpulo e pelos maltes torrados. 
O sabor dos lúpulos é bem persistente, sendo acompanhado no retrogosto por café.
Final seco, que remete a outro gole. 
Cerveja muito boa... saborosa, aromática... aprovadíssima! Uma das melhores cervejas nacionais.

Faltam cervejas assim no Rio Grande do Sul. O mercado gaúcho de cervejas artesanais, salvo algumas exceções (como o caso da Seasons, que faz a Green Cow) está muito preso as "pilsens" e agora as Weiss, todas elas levinhas e com pouca personalidade, fazendo com que se tenha que recorrer a cervejas de outros estados e de outros paises. Espero que esse cenário mude.

Parabéns, cerveja Invicta. Cerveja nota 10. Ainda tenho a Invicta Imperial India Pale Ale, que será degustada em breve.

E agora ficou a vontade de reproduzir o estilo India Black Ale (IBA). Quem sabe, em breve saia a Nórdica IBA, talvez usando lúpulo Inglês ao invés de Americano.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Estoque renovado!

Nesse final de semana, engarrafei 30L de Blond Ale.
Agora, o estoque conta com 50 garrafas de Blond Ale, além de 27 garrafas entre ESB, Porter, Imperial IPA e a última American IPA.